A Ceratec, empresa que fabrica tintas industriais no bairro Casa Grande, em guia da cidade Diadema, foi a segunda indústria da cidade a ser atingida por incêndio em menos de 15 dias. A Electro Nite, que fabrica instrumentos de medição no bairro Piraporinha, pegou fogo na madrugada do Sábado de Aleluia, dia 24, após a provável queda de um balão. Em ambos os casos, ninguém se feriu.
O incêndio ontem começou por volta das 13h40. A empresa fica na Avenida Fundibem, 301, e não há casas próximas. Foram necessárias oito viaturas do Corpo de Bombeiros para controlar as chamas. Era possível enxergar a fumaça a cerca de 12 quilômetros de distância, em Santo André.
O comandante do Corpo de Bombeiros, capitão Maurício Hermes Bitencourt Neves, afirmou que a provável causa do incêndio foi uma falha de operação. “O fogo começou dentro do galpão, onde o solvente estava armazenado. Conforme o líquido vazou, o fogo se alastrou pela calçada e pegou no contêiner que estava do lado de fora”, explicou.
Dois contêineres ficam em frente à empresa, mas apenas um foi atingido pelo fogo. Uma grande quantidade de material plástico e inflamável estava armazenada.
O proprietário da Ceratec, Cláudio Scordamaglia, afirmou que a empresa mudou para o endereço há oito meses. “Estávamos prestes a conseguir a ISO 14.000 (série de normas que atestam a qualidade da gestão ambiental de empresas), mas aconteceu essa fatalidade”, afirmou.
Scordamaglia estima que o prejuízo gire em torno de R$ 15 mil, sem contar o valor de dois veículos perdidos no incêndio. Cerca de 20 funcionários trabalham na empresa e foram eles os responsáveis por combater o fogo antes da chega dos bombeiros.
Foram casos isolados, diz Defesa Civil
A Defesa Civil de Diadema avalia hoje as condições do prédio da indústria Ceratec, atingido ontem por incêndio.
Segundo o coordenador do órgão, Frank Miller, uma estrutura metálica pode ter sido atingida pelo fogo. “A Ceratec está com a documentação correta e tinha autorização para funcionar”, esclareceu.
Já a empresa responsável pelos contêineres do lado externo da rua será notificada para que eles sejam removidos.
Questionado sobre a frequência dos incêndios em indústrias da cidade, Miller afirmou que os dois casos foram isolados. “Um foi ocasionado por um balão e outro por uma provável falha humana. Não há comparações, foram fatalidades”, garantiu.
Já no caso do incêndio na Di-All, no Jardim Ruyce, em 27 de março de 2009, a solução parece distante. As 22 famílias que tiveram imóveis prejudicados pelo fogo ainda aguardam indenização.
No mês passado a Di-All foi multada em 500 Ufesps (Unidades Fiscais do Estado de São Paulo), valor equivalente a R$ 8.725.
Fonte: Diário do Grande ABC